O post de hoje começa com sugestão de música pra acompanhar a leitura:

Se essa acabar, vá para Cold Metal  (depois de tudo veja as letras/traduções)

 

A diferença entre mim e um depressivo

Sem nunca ter ido a um psicólogo para diagnosticar se sou ou não parte dessa turma, meu auto diagnóstico diz que não. Não estou doente, eu acho. Não sou depressiva. Tenho meus momentos, mas acho que na medida normal, como qualquer ser humano.

Esses dias andei pensando nisso e a conclusão que cheguei é que a diferença entre mim e um depressivo (claro, tirando a diferença da química da depressão que acontece na cabeça do indivíduo) é a atribuição dos pesos às coisas, que vamos vivendo acumulando experiências, vivências, situações, relações e atribuindo a elas determinados pesos.

Nesse dia, eu estava me sentindo solitária, que ninguém se importava real comigo, de mudar a rotina pra me ver, deixar de marcar um outro compromisso pra estar do meu lado, essas coisas. Queria viajar, ver amigas de fora da minha cidade, mas tive a impressão de que se eu fosse ninguém me acolheria, ninguém passaria o dia comigo, etc e tal. Pensamentos como: O quão mais importante eu teria que ser?  Estou à sombra? Que diferença eu faço?  Esses pensamentos vão acumulando e pesando.

Talvez a diferença de mim para um depressivo seja a capacidade de colocar coisas no outro prato da balança, pra equilibrar as coisas. Colocar pensamentos como: Não é bem assim, não estou só e, podem não ser elas, mas tenho outras pessoas que fazem a questão de que eu esteja ao lado, passar um dia, fazer com que eu me sinta importante.

A diferença então talvez seja essa: a de conseguir contrabalancear as coisas; ser capaz de ver além daquilo que vem pra ofuscar. Vou colocar mais um setor de pensamentos de exemplo, quanto ao meu canal:

Por que ninguém me apoia no que eu faço? Não compartilha nenhum vídeo do meu canal, não deixa um comentário positivo? Por que tantos dizem pra eu continuar, mas aparentemente ninguém se interessa em sequer acompanhar o que eu estou fazendo? X e agora vou contrabalancear com: Por que me preocupo com quantidade? Sempre tem ao menos uma pessoa que comenta que foi útil, eu não deveria me preocupar com outras coisas sendo que ajudei alguém. Nunca fiz esperando nada em troca, eu gosto do meu trabalho e me orgulho dele, tendo platéia ou não!

E assim vai por todos os setores da vida. O ideal é conseguir contrabalancear todos eles: meu corpo, meu cabelo, meu namoro, minha família, minhas amizades, minha condição financeira, minha exposição na internet, minha faculdade, minhas atitudes, minha mente...

Talvez o dia em que eu não conseguir mais dar esse equilíbrio às coisas sozinha, ai sim eu precise de um guia, um psicólogo, um disgnóstico. Claro, dizem que é bom pra todo mundo, preventivo e afins. Mas nós sabemos quando simplesmente não vamos -> e não quer dizer que não nos preocupamos.

Justamente esses momentos, por exemplo, tornam claro pra mim, que o mínimo necessário é ser capaz de fazer essa análise sobre mim mesma. E reconhecer quando preciso de ajuda ou apenas precisava desabafar e passar por uma situação.

E na esperança que isso ajude alguém, alem de mim mesma, é nessa que eu vou.


Beijos, 
Lariih Mendes





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