Dizem que religião não se discute, porém eu amo.
Conversando sobre religião (note que eu disse "conversando", não "brigando") você tem acesso a uma parte do pensamento das pessoas que é bem íntima. Que envolve muito auto-conhecimento e já pelo "auto" nessa palavra, pode-se identificar que é pessoal, intrínseco, transcendente.

Entender e fazer parte de uma religião ou filosofia relacionada a isso leva uma construção baseada nas desconstruções que você tem enquanto cresce e passa pelo aprendizado durante sua adolescência. Mas claro, é um fator tão experimental que não acontece somente nela, temos como exemplo disso, as pessoas que se convertem até mesmo dias antes de suas mortes. Afinal, os pensamentos sobre a vida e a morte são dos que mais estão presentes durante essas desconstruções.

Crescemos normalmente aprendendo sobre o pensamento religioso da nossa própria família, e na adolescência vamos entrando em contato com a diversidade. A minha adolescência foi acompanhada por um blog, assim como esse. Onde eu postava minhas crises existenciais, pensamentos, questionamentos, indignações. Escrever sempre foi, pra mim, uma parte importante na desenvoltura dos meus pensamentos, pois era nesse momento que eu organizava minhas idéias.

Meu blog antigo chamava-se "Unnecessary to you", traduzindo para "Desnecessário pra você".
Ninguém tinha necessidade de ler aquele blog, nada dalí era conteúdo de utilidade pública, era só o meu diário. Necessário pra mim, pro meu dia a dia. Mantive-o por anos. Mantive esse livro aberto e tinha retorno de pessoas próximas de mim, que me entendiam ou que se propunham a discutir comigo (leia-se discutir como debater).  Mantive pensamentos de adolescente sobre amor, sobre família e qualquer um podia ler, inclusive as pessoas de quem eu reclamava tanto, que eram meus pais. Nunca soube se chegaram a fazer isso e procurar me entender.

Continuo sendo um livro aberto aqui por meio de mais um blog, pois isso me faz falta. Como eu disse, isso me ajuda a organizar idéias e eu gosto de compartilhá-las.  Minha frequência nos últimos tempos tem sido em: vir para desabafar, vir pra falar que tá foda, que não to aguentando mais, que essa vida está uma merda. E chorar sozinha esperando passar. (Motivos de vestibular.... claro.)

Espero voltar mais vezes, com mais pensamentos a não ser esses, com mais pedaços de mim e fazendo um bem pra mim. Nem sei se as pessoas que me seguem aqui gostam disso. Eu confesso que pra mim, ter um blog como esse é uma questão de terapia e eu nem me importo se alguém do outro lado vai ler ou se estarei falando sozinha, porém é claro, quando alguém lê e comenta comigo, sinto um conforto tão grande que as vezes parece que era tudo o que eu precisava.

See ya. ^^ 




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