Abri essa música antes de começar a escrever esse post:
Se quiser, podem ler acompanhados dela ^^




Acabei de fazer dois posts aqui no blog, sendo que nesse anterior eu fiz uma coisa que senti muita falta e me trouxe muita felicidade: Escrever aquilo que vinha no meu coração direto pra tela do computador. Meu namorado está no PC em frente ao meu jogando, eu dormi por volta das 23h e acordei antes das 3h, isso sempre acontece. E como não conseguiria voltar a dormir, sentei aqui pra escrever.

No meio do post, soltei um comentário com ele:
- Estou Feliz!
- Por quê? - ele perguntou.
- Porque estou escrevendo no meu blog. - respondi.

Logo que acabei o post, a música acima surgiu na minha cabeça, coloquei pra tocar aqui nos fones e imediatamente comecei a chorar. Ele não percebeu, também está de fone e minha tela fica em frente ao meu rosto. Estou me sentindo tão bem, mas aparento triste.




É a saudade. 




O que eu tenho feito sobre bloggar no último ano, e no ano passado também, era mais referente ao A Careta do Panda. Estava bloggando conteúdo. E por conteúdo eu quero dizer "Utilidade Pública". Aquilo tudo parte de mim, muito é fruto de pesquisa, muito é fruto de experiência. Mas o que eu sempre gostei, o que me trouxe pra esse mundo é a transcrição do que eu sinto, não do que eu sei.

É muito legal produzir um conteúdo útil, receber comentários me agradecendo pelo quanto aquilo os ajudou, reunir informações exclusivas de um assunto em um lugar só. Gosto disso.
Mas é... Eu amo mesmo é isso aqui, a página que você está agora. Um lugar que seja o meu cantinho e que seja sobre mim. Pode ter quem se identifique comigo, pode ser que não tenha ninguém pra ler. Mas é o meu cantinho de terapia. Me faz muito, muito bem.

Quando comecei a chorar, me vi adolescente. Me vi com meus 13 anos e minhas emoções muito fortes, me vi com a necessidade de tirar aquilo de dentro de mim apenas me consumir. Mesmo que eu não escrevesse no blog nessas horas, eu sempre mantive um caderninho comigo. É muito necessário.
Hoje, o caderno que eu carrego serve para as anotações de idéias que eu vou tendo e não quero esquecer. Mas antes, era só aquele saco de pancadas em forma de páginas. Pra aliviar a tensão, pra me soltar. Quando eu terminava, era como se tivesse tomado um analgésico pra dor.

Eu me vi chorando com os 13 anos de idade (e anos seguintes), me vi com muitas lutas internas e o quanto eu passava horas e horas não fazendo nada a não ser ouvir música e lidar com meus pensamentos, seja escrevendo-os ou não. Ouvia muito evanescence. Coisa que hoje continua, mas que a melhor parte está em como ouvir a banda me traz sentimentos tão profundos, por ter feito parte dos vários dias em que eu me construía e me desconstruía. Os dias que eu me sentia presa e com tamanha vontade de liberdade. Os dias que eu começava a me identificar como integrante da tal subcultura gótica, mas que era tão generalizada, que eu não queria assumir nada disso.





Essa fase passou. 




Lembra? Você queria que passasse, você achava que ia mudar pra melhor, achava que ia encontrar a liberdade, achava que não ia sofrer com todas essas coisas que borbulhavam dentro de você. Achava que não ia ter o sentimento de que tem coisa presa na sua garganta.  Muitas dessas coisas se tornaram verdade, mas não completas verdades. As dores mudam e sempre estamos sofrendo por alguma coisa, afinal, faz parte de ser humano. Esse momento mesmo é uma prova disso. Há pouco disse que estava feliz, e agora choro e sinto isso mesmo de ter coisa na minha garganta.

Isso me lembra do filme Divertidamente e me faz pensar no final do filme, que na cabeça da Riley passaram a fabricar as bolinhas dos sentimentos mistas, diferente de quando ela era mais nova. Imagino a minha Joy (alegria) e minha Sadness (tristeza) comandando o controle ao mesmo tempo agora. Esse filme abriu minha mente, pois você passa a entender a mistura das coisas que você está sentindo, e que sentir tristeza não é significado de estar na bad, mas que é necessário pra muitas coisas na nossa vida.


Entender isso feels good. Bloggar feels good.
Dá até mesmo vontade de escrever um livro. Seria uma tradução da minha pessoa para o português, com todos os recursos que essa língua tem, como o as metáforas, que uso muito.


Estou feliz.
See ya.





4 Comentários

  1. Oi.
    Não sei se pode comentar algo aqui...mas enfim...
    Te acompanho a pouco tempo, mas me identifiquei com seu texto. Já pra começar, acho incrível quem consegue colocar algo pra fora num blog, eu particularmente ñ consigo me expressar por ele. Eu tenho cadernos q faço a mesma coisa que você aqui no blog.
    Eu sinto exatamente tudo o que você escreveu aqui. Gostei do texto porque me fez lembrar porque eu escrevo e me deu uma saudade de desenhar tbm (por onde sempre me expressei melhor meus sentimentos) faz muuuito tempo que não faço isso mesmo. Obrigada por compartilhar isso conosco.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. fique a vontade pra comentar! seja bem vinda :)
      que bacana que se identificou. cadernos sao vida. eu nao consigo ficar sem. escrever pra mim é libertador.
      eu desenhava nessa época tambem ^^ mas hoje eu meio que enjoei rs

      obrigada vc por ter comentado

      Excluir
  2. LARIII linda <3 Eu tava com saudade daqui! Eu, particularmente, gosto mais de ler este seu blog, que o Careta do Panda (que na real, eu boiei total e não sabia que ele era seu! Hauhauhauha) porque eu gosto de ler mais conteúdo pessoal, tipo esse texto lindo que você escreveu ai! <333 Eu fiquei uns meses fora do blog, e senti essa mesma saudade que você descreve. Tinha horas que dava até um vazio... Hauhauha! Adorei o texto, espero que continue voltando aqui e atualizando com esses depoimentos!
    Beijos
    4sphyxi4

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. espero mesmo voltar, eu amo isso aqui <3 eu me sinto muito bem escrevendo e se não faço isso, fico tensa, não me solto, vou acumular essa tensão e talvez até energias ruins! não quero! quero me soltar aqui e fico feliz que tenha pessoas como vc que se identificam com o que eu escrevo <3

      Excluir