Eu sabia que não tinha terminado ainda os meus relatos sobre tudo isso que tenho passado, mas não lembrava de o que faltava falar. Precisei ler o post anterior pra saber que na minha cabeça estava na lista de falar no próximo post sobre " outras opções pra minha vida, sobre o que outras pessoas ficam colocando na minha cabeça, essas coisas". 


Sabendo o que eu tenho que falar, comentarei também que permanece o que escrevi no anterior: eu deveria ter escrito tudo isso antes. Agora só restam pequenas lembranças de tudo que estava na minha cabeça.

Vamos então. Outras opções pra minha vida.
A parte chata disso tudo não é saber que tenho outras opções. Não é eu ir atrás de outras opções. Não é planejar planos B, C, D e assim vai. É justamente ter que lidar com outras pessoas na sua vida te sugerindo o que você deve fazer. "Já pensou em concurso público?"  "Mas e o FIES/PROUNI?"  "Sabia que tal faculdade tem concurso de bolsa?"  "Por que você não faz uma mais fácil agora e depois faz a que você quer?" E assim vai. Várias vozes da experiência surgem sem eu ter pedido, como se eu não fosse capaz de pensar por mim mesma sobre as minhas opções, sobre o que eu tenho que fazer. Lamento se você que está lendo foi uma delas, sei que o intuito é dos melhores. Mas tente um pouco se colocar no meu lugar... Talvez assim dê pra entender que quando eu digo que não passei e afins, você não precisa falar nada do tipo "outras opções". Você pode falar simplesmente um "que pena" que tá tudo bem, sério. 

Abrindo a real aqui pra vocês, numa situação dessas a gente abre planos pra todas as letras do alfabeto, o plano P (de virar Puta) é um desses, por exemplo. Mas a gente não quer fazer nada disso. Então adianta? Os meus planos não eram pra caso eu não passasse na universidade, como todo mundo tem pensado. Pois eu não quero mudar de plano. Meus planos B, C, D e afins são pra caso eu não conseguisse fazer mais um ano de cursinho (e seguir com meu plano), e como meu pai me permitiu mais um ano de cursinho, aqui estou eu em 2017 esperando as aulas começarem. E se estou fazendo isso é porque escolhi, porque eu quero isso e porque eu não quero jogar todo esse investimento fora. 

Um plano B real, que eu tive caso não passasse nas faculdades, seria de trabalhar, desistir de tentar fazer facul por aqui e ir juntando dinheiro pra que eu e meu boy saiamos do país assim que ser. E então eu faria faculdade no Canadá. O plano continua: esperar o boy se formar, juntar um dinheiro e imigrar pro Canadá. Era só a questão de eu ter uma faculdade mesmo. Mas conversamos com o pessoal da imigração em uma das feiras de intercâmbio e aparentemente daria certo a gente imigrar por mais que eu não tivesse curso superior. E um plus, na minha área, é o meu canal. Um portfólio, basicamente. Que eu focaria se não tivesse passado, já que estaria trabalhando e teria mais tempo e dinheiro pra investir.  

Era cursinho ou Plano B real. Essas eram minhas escolhas e eu optei pelo cursinho mais um ano. Isso não sou só eu tentando passar no meu curso, isso virou um sonho.  Conseguir, passar, escrever o nome da faculdade na minha testa com tinta, passar pelos trotes, viver a faculdade, ter amigos com tantos gostos em comum, fazer projetos, tudo tudo tudo... Tudo o que eu contei que estava imaginando no post de quando descobri que não passei no vestibular. Eu não quero viver outra opção. 

E eu não quero viver essa opção em Minas Gerais ou sei lá qual outra faculdade longe de casa eu passar. Eu quero estar aqui. Então só quero que as pessoas ao meu redor entendam essa escolha. Não precisa me apoiar, até meus pais queriam que eu realmente saísse logo daqui e fosse fazer uma faculdade, mesmo já tendo me matriculado no cursinho. (Passei em Minas pelo SISU, por isso.)
Mas isso é minha vida. 

To fazendo o que eu acho melhor pra minha vida.




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